Mestre em Direito Econômico – Especialista e Professor de Direito do Consumidor e autor do livro Manual de Direito do Consumidor – Tópicos & Controvérsias
Se os filósofos e poetas de outrora refletiam se o homem trabalha para viver ou vive para trabalhar, o dilema atual é outro. A indagação que salta às mentes dos pensadores é se é necessário consumir para viver ou se o homem vive para consumir. A famosa citação de descartes pode ser atualizada para “compro, logo existo”. A cada compra uma nova emoção. O circulo vicioso da procura infinita por distrações lúdicas está em movimento. E a velocidade com que esta roda gira é cada vez maior. A novidade perde fôlego rápido. É preciso inovar, evoluir, melhorar, aperfeiçoar, enfim, o novo envelhece depressa. É a era do hiperconsumo e da hiperinovação. Além do consumo emocional, onde o homem compra apenas para satisfazer o seu ego, nesta nova realidade os objetos possuem obsolescência quase instantânea. Porém, essa ciranda desenfreada tem um custo social muito alto. A corrida pela busca da inovação, decerto tem elevado os riscos à saúde e à vida do consumidor. Além disso, a cultura do descarte está em pleno curso, produzindo consequências nefastas para o meio ambiente que, se não forem refreadas em curto prazo, poderão comprometer o bem-estar de gerações futuras. É esta a temática do encontro do dia 24 de junho de 2016. Eu e professor e escritor Leonardo de Medeiros Garcia, aguardamos todos vocês para debater este tema que toca tão profundo em nossas vidas. Não percam! Grande abraço! Fabio Schwartz